Muitas vezes, ao andar de trem, ao fotografar no parque, ao passear
pelo bairro, escrevo um texto em pensamento. Na verdade, falo com
você. É, eu conto algo. E na hora... esse meu contar me agrada e
posso até imaginar o brilho de seus olhos ao me ouvir... se por
ventura me ouvisse. Mas depois, ao tentar registrar um pensamento
bonito assim anteriormente criado, parece que tudo fugiu. Procuro
mais uma vez reunir as palavras e formar um texto bacana. Mas cadê?
Parece que não sei escrever uma única frase. Incrível, mas a
escrita é momentânea e precisa de todo o imenso entusiasmo. Sem a
emoção, a mensagem será seca e sem sentido. Então fica este vazio
e esta falta de alguma coisa. Tantas vezes é assim. Como se não
bastasse, somo ainda a minha auto-crítico e então surge um momento
hiato, um espaço em branco que não consigo preencher. De todas as
maneiras, escrever em meu idioma é algo que me fortalece, que me faz
bem. É parte do que sou. E eu divido com você – que sempre,
sempre me escuta.
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