Bring back our girls! Na Nigéria meninas estudavam num internato em
Chibok e, de maneira natural, em poucos dias prestariam exames
finais. Arquitetavam seu futuro. Almejavam felicidade e amor. Meninas
nigerianas tinham sonhos. Todavia, no escuro seio da noite, foram
levadas em caminhões para algum lugar. Foram capturadas, de forma
irracional. Sem aviso prévio, as jovens foram levadas embora,
indefesas, por muitos homens – com fortes braços, cruéis. Meninas
nigerianas... talvez entre elas estava a Zene, Abeke, Zaila, Adanya,
ou quem sabe, a Malika... Femininas: discriminadas em sua essência.
Dia após dia estão nas mãos de Boko Haram, a organização
fundamentalista islâmica que se autoriza a realizar este ato
bárbaro, algoz. Menina - mulher. Como estarão sendo tratadas?
Teriam sido forçadas ao casamento? Escravizadas e vendidas?
Sexualmente violadas? Nigeriana, menina! Menina flor de tantos outros
lugares... O que fizeram com você?
sábado, 24 de maio de 2014
sábado, 17 de maio de 2014
Este vento nórdico que ora sopra... desperta lembranças. Ele move
moinhos, desalinha os cabelos e dispersa o pólen. Estremece a flor,
enche o mar de ondas e levanta poeira. Vento que vem e que passa, que
veleja o barco, que espalha perfumes e que traz a chuva. É
invisível, mas palpável, feito um toque afetuoso. Sinto - o, é
marcante como uma injúria e castiga como um abandono. E se o vento
fosse azul, verde ou branco? Mas não tem cor, nem brilho, nem
sombra. É liso e incedeia o sentimento. Vento que tem força,
assobia, quebra o silêncio e perturba o sossego. Não é brisa ,
qual o quê... rastilha e desfolha todo dia. Espaneja felicidade e
devassa melancolia. Ah, que vento... um imenso tudo. Sopra e açoita.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Biblioteca – paredes que guardam histórias. Prateleiras
abarrotadas de livros, construtores de sonhos. Cada volume, um
universo. Cada título, uma viagem. É uma silenciosa sala,
inaudíveis vozes narram episódios e aventuras. As estantes formam
um mosaico de contos, crônicas e romances. Obras herdadas,
recebidas. Ensaios escritos para mim, feito dádivas. Mundos
inventados. Infinitudes. Tão plenos. Envolventes. Tão livros.
Resmas de folhas encadernadas contém deliciosas palavras, e são
acessíveis. Algumas vezes, se apresentam trágicas, ou tristes.
Palavras figuradas, esculpidas, manuseadas. Encontro-me com Márquez,
Drummond, Clarice, Saramago, Cecília, Allende e tantos outros.
Autores e sua arte. Uma multidão de personagens habita o aposento.
Sinto que estão ali... ouço murmúrios misteriosos, falas e risos.
Essa gente toda, em inconfundíveis cenários: Alices Bastians José
Arcádios Estebans Anas Claras. Ferminas e Florentinos. Personagens
transbordam das histórias fabricadas e despertam fábulas. Por entre
os volumes já um pouco amarelados, há dragões, cavalos, príncipes,
duendes, magos e bruxas. Eragon e Saphira. Seres mágicos espalham
seus poderes em algum tempo... antes existido, e o agora. Leituras a
meu dispor. Leituras inesquecíveis a meu dispor. Biblioteca –
depósitos de histórias. O livro.
Assinar:
Postagens (Atom)