Tenho em mim toda a euforia da festa verde amarela. Ser brasileira me
orgulha sobremodo. Trago comigo um legado imenso de encantamento.
Corre em minhas veias o ritmo exuberante da pátria viva, tropical e
hospitaleira. Nunca perdi esse majestoso amor – feito sol,
cachoeira, granizo, nevasca, vulcão, tempestade, – que até me faz
perder a razão, o senso crítico e, ensandecida, me leva às
lágrimas ao ouvir o Hino Nacional. Isto pode parecer comovente
demais, um exagero talvez, fanatismo... Mas fazer o quê? Em
contrapartida, sinto uma insustentável mágoa com ao saber de que
educação, saúde e moradia ainda são irreais para muitos
brasileiros. Confesso, não tenho nenhuma resposta ao falar sobre
corrupção e pobreza infantil, mas inquietam-me... inquietam-me
tantas perguntas. Sonho todos os sonhos e acredito que algum dia
acabe a violência em nosso país e que tenhamos mais tranquilidade.
Utopia? Ingenuidade? Surreal? “Se as coisas são
inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las”, ensina
o poetinha querido. Ao falar do Brasil, formo uma teia de boas
palavras. Procuro, deste modo, ilustrar a afetividade sempre, sempre
em mim existente. E, quem ama cuida. Vivo fora, mas me empolgo... e
sofro junto.
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