Biblioteca – paredes que guardam histórias. Prateleiras
abarrotadas de livros, construtores de sonhos. Cada volume, um
universo. Cada título, uma viagem. É uma silenciosa sala,
inaudíveis vozes narram episódios e aventuras. As estantes formam
um mosaico de contos, crônicas e romances. Obras herdadas,
recebidas. Ensaios escritos para mim, feito dádivas. Mundos
inventados. Infinitudes. Tão plenos. Envolventes. Tão livros.
Resmas de folhas encadernadas contém deliciosas palavras, e são
acessíveis. Algumas vezes, se apresentam trágicas, ou tristes.
Palavras figuradas, esculpidas, manuseadas. Encontro-me com Márquez,
Drummond, Clarice, Saramago, Cecília, Allende e tantos outros.
Autores e sua arte. Uma multidão de personagens habita o aposento.
Sinto que estão ali... ouço murmúrios misteriosos, falas e risos.
Essa gente toda, em inconfundíveis cenários: Alices Bastians José
Arcádios Estebans Anas Claras. Ferminas e Florentinos. Personagens
transbordam das histórias fabricadas e despertam fábulas. Por entre
os volumes já um pouco amarelados, há dragões, cavalos, príncipes,
duendes, magos e bruxas. Eragon e Saphira. Seres mágicos espalham
seus poderes em algum tempo... antes existido, e o agora. Leituras a
meu dispor. Leituras inesquecíveis a meu dispor. Biblioteca –
depósitos de histórias. O livro.
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